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Energia Universal

Projeto Energia Universal, que não causa dano ao meio ambiente, foi apresentado, mas ainda não tem reconhecimento da comunidade científica.
Imperatriz - Dois empresários de Imperatriz, com formação técnica em eletricidade, criaram um equipamento que, segundo eles, garante a produção de energia elétrica captada por meio do eletromagnetismo sem nenhum dano ao meio ambiente. O projeto inovador ainda não tem reconhecimento da comunidade científica e os investimentos da pesquisa foram dos próprios autores.
Lançado no início deste mês para um grupo de engenheiros, professores e empresários do ramo de engenharia elétrica, o Projeto Energia Universal dispõe de duas formas de captação de elétrons, mas desenvolvido com o mesmo princípio tecnológico.
A descoberta de Nilson Barbosa, 42, e Cleriston Moraes Leal, 23, é resultado de mais de quatro anos de pesquisas na literatura relacionada ao tema e ainda muitos testes. Cleriston Leal explicou que o captor de elétrons funciona com um módulo de autogeração.
Na categoria energia universal captada por meio de elétrons da terra, o equipamento é interligado a fios instalados em aterramento comum, desses feitos para a instalação de computador.
Para dar a partida no processo de captação, é preciso que o equipamento receba carga inicial mínima por alguns segundos para fazer a comutação (permuta) do ciclo. Esta energia pode ser fornecida pela concessionária ou até mesmo proveniente de uma bateria comum ou placas solares.
De acordo com Cleriston Leal, o fio do aterramento sempre carregado negativamente provoca repulsão, e atração se ligado ao equipamento. O captor atrai os elétrons da terra pelos fios, produzindo a energia na escala de 1x100, consumo igual a um e captação igual a 100. Todo o consumo volta para o ciclo ou, dependendo da forma de ligação, pode voltar para a terra.
“No nosso equipamento, conseguimos romper a resistência do condutor, que só suportaria 200 amperes, e passou a suportar 400 amperes de potência em temperatura normal. A corrente que circula dentro do captor é aparente e real. Nesta corrente não há perda porque não há transformação e a potência é igual à corrente”, explicou Nilson Barbosa.
Na modalidade de captação de energia do ar, o princípio dos captores é o mesmo, apenas levando em conta que é móvel. Não é interligado a aterramento.
“A partir do desenvolvimento dos dois captores, nós imaginamos que, se temos o consumo de um ampare e captamos 100 amperes, nós podemos fechar o ciclo e ele se autoalimentar e desenvolver”, detalhou Nilson Barbosa, acrescentando que esse processo não precisa de nenhuma fonte de energia externa. Outra vantagem é que o equipamento pode ser fabricado em várias potências.
Demonstração - Na tarde de quinta-feira (15), os pesquisadores apresentaram um protótipo a O Estado e testaram mais uma vez o invento. O equipamento estava acondicionado em uma caixa de madeira um pouco maior do que uma de sapatos. Ligado a uma tomada convencional, o protótipo consumiu 0,00,5A de energia e produziu 50 KVA.
Projeto será apresentado ao ministro Edison Lobão
Os autores confirmaram agendamento para a próxima semana de uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para apresentar o protótipo. Eles querem propor a venda da tecnologia ao Governo Federal por acreditar no potencial do estudo que produz energia limpa e atende à proposta do mundo atual de produção de energia ecologicamente correta.
A dupla já teve um contato preliminar com o ministro em Imperatriz, durante um evento político, e adiantou o assunto. O ministro teria demonstrado interesse.
Nilson Barbosa e Cleriston Leal dizem que têm um plano ‘B’. A primeira medida providencial tomada pelos pesquisadores após a conclusão do protótipo foi registrar a patente.
Os pesquisadores abdicaram de horas de lazer com a família e até chegaram a deixar as empresas fechadas na reta final do protótipo. Chamou a atenção o fato de eles terem vendido bens pessoais para financiar o projeto, que recebeu um único apoio de uma empresa no dia do lançamento.
Perguntados sobre o porquê de não buscarem recursos públicos para o projeto, Nilson Barbosa e Cleriston Leal não titubearam na resposta. “Não tinha como buscarmos recursos públicos se nosso projeto vai contrariar algumas leis da física. Não nos ajudariam e ainda nos chamariam de doidos”, disse Nilson Barbosa. Outra justificativa é que o projeto era sigiloso e quanto menos pessoas soubessem, melhor.
Mesmo após a apresentação formal do equipamento a convidados e imprensa, os pesquisadores ainda são muito cautelosos. Na última quinta-feira, eles fizeram uma sessão especial do equipamento a O Estado, no entanto chamou a atenção o fato de eles terem levado o protótipo de carro para o Centro de Treinamento da Ampare (CT Ampere), um local isolado às margens da rodovia Pedro Neiva de Santana, próximo ao município de João Lisboa.
Histórico - Outro fator curioso é que o projeto do captor de energia universal uniu os dois pesquisadores que são de lugares distintos. Nilson Barbosa é natural de Itaquera (SP) e chegou ao Maranhão em 1982.
Cleriston Leal é natural de Imperatriz. Ele disse que desde os 14 anos alimentava a ideia e o sonho de desenvolver um projeto semelhante que ao longo do tempo evoluiu muito desde a primeira proposta, principalmente após discussões com o parceiro de pesquisas.
Outra curiosidade é que ambos têm apenas o ensino médio.
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A energia eletromagnética é a energia que movimenta o eixo da terra. A energia polo positivo negativo, polo norte e polo sul. Nós somos parte de uma partícula de um universo grandioso. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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